12/12/2011
Conheça o "cérebro de pipoca", distúrbio causado pelo estilo de vida multitarefa
Tempo de conexão cada vez maior provocaria alterações químicas no cérebro, gerando dificuldades de concentração e também de socialização
As pessoas passam cada vez mais tempo conectadas, o fluxo de informações é caótico e a cobrança por fazer muitas tarefas ao mesmo tempo é cada vez maior. Esse fenômeno deu origem a um novo distúrbio, chamado pelos especialistas de "Cérebro de pipoca".
Alterações químicas cerebrais fazem com que suas vítimas passem a ter dificuldade de se concentrar em apenas um assunto e a lidar com coisas simples do cotidiano, como ler um livro, conversar com alguém sem interrupção ou dirigir sem falar ao celular.
Para o psicólogo clínico Julio Peres, doutor em Neurociência e Comportamento pela Universidade de São Paulo (USP), o veloz mundo contemporâneo fornece poucos valores essenciais à vida em equilíbrio, enquanto novas "necessidades" são artificialmente criadas a cada dia, imbuídas da falsa promessa de bem-estar.
— Incentiva-se a pressa, a praticidade e o consumo imediato dos bens que, supostamente, aplacariam a angústia e a ausência de sentido para a existência. Assim, grande parte dos relacionamentos ocorre pela oferta dos meios ágeis de comunicação, que favorecem interface superficial com grande número de pessoas, incitando contatos por interesse em vantagens imediatas e relações também descartáveis — afirma Peres.
Analfabetismo emocional
Segundo ele, a consequência da falta de foco é o analfabetismo emocional, ou seja, a dificuldade de ler as emoções no rosto, na postura ou na voz dos indivíduos, tornando complicado o relacionamento interpessoal. Pesquisas mostram que quem faz muitas coisas ao mesmo tempo tem mais dificuldade de concentração e de excluir as informações irrelevantes, além de sofrer mais de estresse.
— Os indivíduos mudam de uma relação para outra repetindo os mesmos erros, reclamando dos mesmos problemas, perdendo oportunidades preciosas de desenvolvimento pessoal porque têm mais dificuldade para lidar com as emoções. É por isso que há pessoas que começam e terminam relações de forma virtual, evitando o enfrentamento dos sentimentos — ressalta o psicólogo.
Fonte: RBS
As pessoas passam cada vez mais tempo conectadas, o fluxo de informações é caótico e a cobrança por fazer muitas tarefas ao mesmo tempo é cada vez maior. Esse fenômeno deu origem a um novo distúrbio, chamado pelos especialistas de "Cérebro de pipoca".
Alterações químicas cerebrais fazem com que suas vítimas passem a ter dificuldade de se concentrar em apenas um assunto e a lidar com coisas simples do cotidiano, como ler um livro, conversar com alguém sem interrupção ou dirigir sem falar ao celular.
Para o psicólogo clínico Julio Peres, doutor em Neurociência e Comportamento pela Universidade de São Paulo (USP), o veloz mundo contemporâneo fornece poucos valores essenciais à vida em equilíbrio, enquanto novas "necessidades" são artificialmente criadas a cada dia, imbuídas da falsa promessa de bem-estar.
— Incentiva-se a pressa, a praticidade e o consumo imediato dos bens que, supostamente, aplacariam a angústia e a ausência de sentido para a existência. Assim, grande parte dos relacionamentos ocorre pela oferta dos meios ágeis de comunicação, que favorecem interface superficial com grande número de pessoas, incitando contatos por interesse em vantagens imediatas e relações também descartáveis — afirma Peres.
Analfabetismo emocional
Segundo ele, a consequência da falta de foco é o analfabetismo emocional, ou seja, a dificuldade de ler as emoções no rosto, na postura ou na voz dos indivíduos, tornando complicado o relacionamento interpessoal. Pesquisas mostram que quem faz muitas coisas ao mesmo tempo tem mais dificuldade de concentração e de excluir as informações irrelevantes, além de sofrer mais de estresse.
— Os indivíduos mudam de uma relação para outra repetindo os mesmos erros, reclamando dos mesmos problemas, perdendo oportunidades preciosas de desenvolvimento pessoal porque têm mais dificuldade para lidar com as emoções. É por isso que há pessoas que começam e terminam relações de forma virtual, evitando o enfrentamento dos sentimentos — ressalta o psicólogo.
Fonte: RBS
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